segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fim do mundo Versão 1000 ponto 0

No Diário Económico, Comunidade internacional tem um ano para salvar o Planeta:

"Continuar assim provocaria ameaças de uma intensidade nunca vista: enormes secas e inundações, ciclones devastadores, pandemias de doenças tropicais (...) e mesmo conflitos armados e migrações sem precedentes", afirmou, aconselhando os negociadores a não "cederem aos obscuros interesses privados (quando) devemos modificar o perigoso rumo que a humanidade tomou."
(...)"Têm um ano, de agora, até Copenhaga. O tempo voa. É preciso andar a uma velocidade superior", disse, admitindo que a crise financeira vai complicar a tarefa.


Na XIV Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, mais uma vez, foi adoptado um tom alarmista, ao estilo dos vários prometidos "anti-cristos", sobre as alterações climáticas. Fomos, agora, informados a comunidade internacional de que só temos um ano mais para salvar o Planeta (tal como o bug Y2K ia destruir a humanidade em 2000). Sinceramente, acho que todos estas declarações apocalípticas não fazem nada senão tirar a credibilidade ao problema das mudanças climáticas. Já repararam na semelhança da primeira declaração com várias referências bíblicas e históricas ao apócalipse? Quanto à referência aos "obscuros interesses privados" abstenho-me de comentar. Apenas questiono, existem interesses não privados? Ou apenas os dos bondosos senhores do GIEC é que não são obscuros?

Nota: ao contrário do que o Monstro diz, eu não sou contra as alterações climáticas. A comunidade de climatólogos parece estar maioritariamente de acordo(embora não unanimamente, como alguns gostam de afirmar, logo apelidadando os restantes de "negacionistas") em que o Mundo está a aquecer e a culpa é, pelo menos em parte, nossa. Parece haver, também, algum consenso que temos que reverter esse processo. Mas não, o mundo não vai acabar se não agirmos daqui a um ano e o Planeta vai sobreviver (aliás, com quase toda a probabilidade o Planeta sobreviver-nos-á a nós, Humanos). Até concordo com medidas como o cap-and-trade proposto por Barack Obama, mas penso que o mais adequado seria num imposto Pigou, porque alinha incentivos privados com os da sociedade.

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