segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fim do mundo: não é desta!

Vale a pena ler este artigo, de Tyler Cowen, do blog Marginal Revolution, no New York Times:
In short, expansionary monetary policy and wartime orders from Europe, not the well-known policies of the New Deal, did the most to make the American economy climb out of the Depression. Our current downturn will end as well someday, and, as in the ’30s, the recovery will probably come for reasons that have little to do with most policy initiatives.


Um dos pontos que vale a pena não esquecer, é que, apesar de ajudado pelas políticas governamentais, foi o mercado que saíu da crise. A crença de que o Estado sozinho pode salvar a economia, como uma espécie de Super Homem, é completamente utópica. O mundo continuará a viver numa economia de mercado com intervenção do Estado, e, como diz Luciano Amaral no seu artigo para o jornal Meia Hora, o importante, é "limitar-se ao máximo os seus efeitos perniciosos".

Muito se tem falado também de como esta crise marca o fim da economia de mercado e o príncipio de uma nova era de um maior peso do Estado na Economia, uma espécie de novo New Deal. Convém lembrar que a política do New Deal foi uma política temporária em tempos de crise, tal como vão ser as políticas de combate a esta crise. Note-se também que tanto Barack Obama com Rahm Emanuel, nos seus primeiros discursos sobre os estímulos fiscais referiram sempre o papel do mercado, por exemplo, na política energética, e frisaram a importância da descida dos impostos sobre a classe média. Ou seja, provavemente vamos ter um nível inusitadamente alto de investimento público nos próximos anos mas não será, certamente, o fim da economia de mercado, nem um caminho para a servidão.

Um comentário:

  1. Ya, é completamente tá-se. Podia ter escrito este post, Paulo. Estás a ficar esquerdista.

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